“Eu por min, só Mozart, precisamente Mozart – pensou para si mesma Maria Leonídovna -, e não quero mais ninguém além de Mozart, nem é preciso”. Decidira assim, não porque tivesse um amor doentio pela musica, como acontece por vezes com damas de certa idade a quem é costume chamar “cultas”, mas apenas porque na sua memória esse nome estava ligado, desde a primeira juventude e até agora, a qualquer coisa de tão elevado, transparente e eterno, que podia fazer as vezes de felicidade na vida de uma pessoa.
Nina Berbérova é um dos grandes nomes da intelligenzia e da literatura russa de todos os tempos.
Seja o primeiro a avaliar “A Ressurreição de Mozart”